Salto de Felix Baumgartner: A Física por Trás do Feito

No dia 14 de outubro de 2012, o austríaco Felix Baumgartner entrou para a história ao realizar um salto estratosférico a partir de uma altitude de 39 km. Durante a queda, ele ultrapassou a velocidade do som, atingindo incríveis 1342,8 km/h, superando a barreira dos 1224 km/h (ou aproximadamente 340 m/s no ar). Esse feito foi possível graças a um conjunto de fatores físicos e tecnológicos que tornaram o desafio viável e seguro.

Créditos: https://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2020/01/ele-fez-o-maior-
salto-de-paraquedas-da-historia-e-conta-como-superou-o-medo.html

A Física por trás do salto

Baumgartner saltou de uma cápsula pressurizada acoplada a um balão estratosférico, que o levou até a altitude extrema sem o auxílio de qualquer tipo de propulsão artificial. A aceleração inicial foi impulsionada exclusivamente pela gravidade, sem uma resistência aerodinâmica significativa, já que o ar nessa região da atmosfera é extremamente rarefeito. Isso permitiu que ele acelerasse rapidamente e atingisse velocidades impressionantes antes de entrar em camadas mais densas da atmosfera, onde o atrito começou a atuar de forma mais intensa.

Desafios fisiológicos e tecnológicos

A extrema altitude apresentou desafios que exigiram tecnologia avançada para garantir a sobrevivência de Baumgartner. A pressão atmosférica em 39 km de altura é baixíssima, o que poderia causar sérios danos ao corpo humano. Sem um traje adequado, ele poderia sofrer de "ebulismo", um fenômeno em que os líquidos corporais entram em ebulição devido à baixa pressão. Além disso, temperaturas extremamente frias poderiam levar à hipotermia.

Para enfrentar essas condições, Baumgartner utilizou um traje espacial especialmente projetado, que fornecia isolamento térmico e proteção contra a falta de pressão. Esse traje evitou que os líquidos em seu corpo evaporassem e garantiu oxigenação adequada, impedindo a insuficiência circulatória e o colapso pulmonar.

A Importância do atrito aerodinâmico

Diferentemente de um salto em baixas altitudes, onde a resistência do ar limita rapidamente a aceleração de um corpo em queda, na estratosfera o atrito aerodinâmico é praticamente desprezível. Isso possibilitou que Baumgartner atingisse velocidades supersônicas antes que o aumento da densidade do ar reduzisse sua velocidade progressivamente até a abertura do paraquedas.

Lições para a ciência e engenharia aeroespacial

O feito de Felix Baumgartner não foi apenas um marco esportivo e de coragem, mas também um grande experimento científico. Sua missão contribuiu para estudos sobre a resistência do corpo humano em condições extremas e forneceu dados valiosos para o desenvolvimento de tecnologias aeroespaciais, incluindo sistemas de escape para astronautas e novos materiais para trajes espaciais.

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